17 de julho de 2011

O Poodle que descobriu o que é amor de Verdade

O Poodle é um cão de pequeno, de médio ou de grande porte. Ele é bem peludo e pode ser branco, preto ou cor de mel. Sua origem é francesa. É um dos cães mais carinhosos e brincalhões do mundo. Se você não tem ainda um bichinho de estimação vale à pena adotar um poodle, pois ele será o seu melhor amiguinho em todos os momentos, sejam bons ou ruins.
Bom, agora vamos contar a história de um lindo poodle branco chamado Cheep que correu atrás de sua felicidade durante sua vida, que foi bem sofrida.




I - De onde ele veio?


Esse Poodle que já teve um lar e já morou na rua. Foi comprado no Pet Center Marginal há cinco anos atrás.
Ele estava à venda quando tinha cinco meses de idade e custava R$ 1.500 reais, junto com ele estava à venda um Dálmata e um Cocker.
Ele adorava quando entrava uma pessoa na loja e se aproximava de sua gaiola. Ficava todo feliz latindo e abanando o rabo, isto é, o toquinho de rabo que possuía.
Ele era um Poodle branquinho feito floco de neve, tinha o rabinho cortado o seu narizinho era bem pretinho e os olhinhos cor de mel! Realmente ele era um lindo filhote de Poodle!
Um belo dia entrou no Pet Shop um homem interessado em comprar um filhote de cachorro. Quando ele olhou para a vitrine e viu aquele Poodle branquinho, do nariz pretinho e dos lindos olhinhos cor de mel, foi amor à primeira vista. Queria ele de qualquer jeito. Custasse o que custasse era aquele filhote que ele ia levar para casa, e o pequeno Poodle arrumou um lar.
O Poodle seria feliz, teria uma casa grande e confortável, pois seu dono possuía uma empresa bem conhecida na região. Ele confeccionava roupas e sua empresa ia de vento em poupa.  O rapaz sabia que o Poodle ia viver bem em sua casa, teria do bom e do melhor com todos os mimos e todo a atenção que tinha direito e a sua ração era a mais cara. Ao Pet Shop, ia a cada quinze dias para tomar um banho completo, cuidar das unhas, da higiene bucal, ser mais mimado, e sempre o lindo Poodle ganhava muita atenção de todas as crianças que estavam ali no dia.


II - O inesperado aconteceu!


Passaram-se dois anos de pura alegria entre o Poodle e seu dono, que colocou o seu nome de Billy. O Poodle não ficava longe de seu dono que lhe dava todos os mimos que o dinheiro poderia comprar. Mas isso não durou para sempre.
 Após dois anos, seu dono começou a falir  a empresa estava começando a vender tão pouco que nem se compara com que vendia antes e o pior aconteceu...
 Seu pai, José Carlos, sofreu um acidente de carro, ele dirigia durante a noite depois de uma longa viajem a Paranapanema o acidente foi veio e infelizmente ele morreu. Sua mãe, que também estava no carro, ficou paraplégica e como ela era uma pessoa idosa e com pouco dinheiro não dava para pagar um tratamento, muito menos para comprar esses equipamentos para facilitar sua vida na hora de tomar banho e de usar o banheiro e. Etc.
O pobre do Poodle passou a ser um peso na vida de seu dono, porque sua ração era cara demais e seu dono já estava ficando endividado com a conta de luz, água e com os medicamentos e com o tratamento de sua mãe.
Precisava de dinheiro, e ele não tinha irmão e os outros parentes moravam longe demais. Então para economizar um pouco o rapaz e sua mãe decidiram se livrar do pobrezinho do Poodle e vender alguns móveis, mas não era o suficiente, não tinha nem como manter a empresa, vendê-la não iria adiantar muito, porque depois onde ele ia arrumar mais dinheiro?
Então aconteceu! O moço levou o pobre e indefeso cãozinho para bem longe do local onde eles moravam, com muita tristeza no coração soltou-o na rua e foi embora, sem olhar para trás.
Ele ficou lá por horas esperando o dono voltar para levá-lo de volta para casa, onde o Poodle viveu durante seus primeiros dois anos, com muita mordomia e atenção de sobra, mas ele não apareceu. Nunca mais voltou.
Mais tarde começou a chover e o Poodle ficou lá parado esperando seu dono voltar, que certamente era o que ele mais queria naquele momento, com o não aparecimento de seu dono começou a latir bem alto como se estivesse chamando seu dono para buscá-lo e levá-lo para casa..


III - Da vida de rico para a vida de pobre: do luxo ao lixo


Soltam o Poodle em um bairro de classe alta, onde todos lá tinham animais de estimação, na maioria eram cães, que também eram abandonados. Os moradores ficam intrigados para saber como aquele lindo cãozinho dos olhos cor de mel apareceu nas vizinhanças.
Procuraram saber quem soltou aquele cachorrinho na rua, perguntaram para um, perguntaram para outro e nada. Colocam até uma nota no jornalzinho do bairro para saber quem é o dono aquele Poodle que passara a viver na rua até que encontre seu novo dono para ser feliz novamente.
Você leitor (a) deve estar se perguntando por que os moradores da rua não adotaram o Poodle? O porque é simples é que todos já tinham mais de de três animais de estimação e não queriam mais nenhum. Aliás, tinha gente até querendo se livrar de uns deles, ou porque faziam muita sujeira ou porque latiam de mais ou porque eram muito bagunceiros. Enfim, ninguém queria aquele Poodle eu só queria latir, latir e latir e sair das ruas.
Pelo menos as pessoas do bairro eram gentis, todos os dias quando eles saiam para trabalhar deixavam um pouquinho de comida para o Poodle, mas ele não comia de tanta depressão e saudades!
Eu sei que ele deve ser um bom cachorro, sei que ele não é um cão tão ruim, mas o que eu poderia fazer por ele?
Todos os vizinhos tentavam colaborar um pouco tentando arrumar um lar para esse cão, mas não estava dando certo.
O tempo foi passando e o poodle foi ficando sujo, pulguento, com o pelo grudento e muito machucado. Seu antigo dono seria incapaz de reconhecê-lo nas condições que esta.
A coisa estava ficando cada vez pior!  O poodle latia muito ou chorava muito se preferir.
Novos vizinhos se mudaram para o bairro. Eles já não agüentavam o Poodle de tanto que ele latia... E chorava... E latia... E chorava.
Então decidiram chamar a carrocinha, após três dias de mudança, para vir buscá-lo.  Ela chegou e levou o Poodle embora.


IV - Para a carrocinha


Assim que foi levado para o centro de zoonose, o Poodle recebeu tratamento como banho, tosa vacinas, exames... Depois foi colocado em uma gaiola, igualzinho quando era filhote, só que as condições era um pouco pior a concorrência era grande poderia demorar um dia de espera, mas também poderia durar um ano na espera de alguém apareça para adotá-lo.  Nessa época já contava com três anos de idade e com tantos cachorros mais novos do que ele, sua adoção era praticamente impossível.
O tempo foi passando e o Poodle foi ficando... Ficando... Será que tudo estava acabado para o ele?
Foi ai em um belo dia, faltando uma semana para seu aniversário que o Poodle quase foi adotado! Uma mãe e sua filha ficaram na duvida entre adotar o poodle ou um pincher, como o pincher era menor decidiram ficar com ele.
Mas nem tudo não estava perdido. O Poodle conseguiu ser adotado por uma mulher solteira que se chamava Ágata. Ela sofria de solidão, pois morava sozinha na sua casa e não tinha nenhum parente próximo.
Ela escolheu o Poodle com muita determinação, pois estava certa de que ele era o animal certo para a pessoa certa. Antes de levá-lo para casa fez umas compras e levou-o “um banho de Pet Shop”. Enquanto comparava sua ração, sua caminha e outros acessórios que ele tinha quando mimado.
Quanto ela viu o poodle limpinho, branquinho, com seus machucados cuidados seu coração disparou de alegria. Ele não parecia mais o mesmo, estava lindo como um floquinho de neve.
Ao primeiro contato com o Poodle, abraçou-o e beijou-o e levou-o para o seu novo lar.


V - Sua nova família


Ela tinha uma casa não tão grande como à do seu primeiro dono, mas tinha um quintal grande e bonito, com flores e árvores para todo lado, tinha uma parte com cobertura para ele ficar caso chovesse.
A cada dois meses tentava guardar um dinheiro para levá-lo para o pet shop para tomar banho e a cada quatro meses ela o levava para tomar banho, tosar e comprar-lhe alguns mimos.
Ela deu-lhe o nome de Cheep, pois achava esse nome bonito.  Sheep (com s) em inglês significa ovelha e para que o nome de seu cãozinho não fosse ovelha, apesar de que ele parecia muito com uma ovelha, mas era macho então decidiu usar a letra C para dar certo charme ao nome do poodle que acabara de arrumar um novo lar
Assim foram se passando os meses e o poodle estava fazendo cinco anos de idade e para comemorar a data e a sua adoção ganhou um mimo extra no Pet Shop.
Mas essa não era a única surpresa...
Depois o levou para passear no parque! Ele já não parecia mais aquele cãozinho triste e infeliz. Brincou muito com a “cachorrada” que freqüenta o parque, com sua dona e com algumas crianças que não resistiam à vontade de tocar nele.
Bom, toda brincadeira tem um fim, ao voltar para casa todo cansado de tanto brincar com todos ele olhou para a sua dona e pensou como ele tinha sorte, foi abandonado por um dono parou na carrocinha e foi adotado com quatro anos de idade e agora vive feliz novamente.


E ele aprendeu uma coisa; ela realmente era sua fonte de amor e carinho coisa que nos levamos para vida toda e foi o que o pequeno Poodle fez quando chegou a sua vez após muitos anos de puro amor!